domingo, 8 de outubro de 2017

Sobre Arte e o que é certo e o que é errado...



        Eu sempre gostei de arte, escrevo, desenho, pinto e me arrisco a cantar de vez em quando. Fiz teatro por muito tempo e me arrisco na poesia.

        Procurei ler de tudo e ‘arejar’ meu pensamento para não ser bitolado nem tendencioso. Leonardo da Vinci, Monet, Rembrandt, Goya, Michelangelo, Renoir e Modigliani estão entre os muitos que admiro. A arte é parte do debate e da avaliação desde os filósofos da antiguidade e Estética é estudada no curso de filosofia.

        Ela é: “habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional”.
E “o conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica”.

A arte é visão, é abordagem e para tanto validada de diversas formas.

Porém o que se percebe hoje em dia é uma banalização, uma mediocridade latente nos mais variados seguimentos e embora possam me julgar pelo que vou dizer, eu vejo que hoje todo mundo se acha artista, cantor e orador. E pior, a vaidade está consumindo egos inflamados em diversas outras áreas, como a religião e a política também.

Eu estou cursando filosofia e filosofo as vezes, mas não sou um filósofo, e ainda quando me formar, serei um professor de filosofia.

Defendo o direito de todos se expressarem, mas definir um medíocre como artista é zombar da arte e esbanjar mau gosto. Alguém achar que é apenas por ele próprio dizer que é beira a tolice.
Mas as pessoas se denominam mestres, pastores, artistas, arautos e escolhidos. Você ter um tolo que concorda contigo não te faz um formador de opinião.
Na história da arte e da religião, assim como na história da filosofia, era o reconhecimento dos outros que denotava a qualificação.
Porém hoje pessoas fundam escolas sem ter qualificação e ‘vendem’ mentiras. Outros se acham escolhidos de Deus e fundam uma igreja e se acham novos messias e propagam mentiras também.
E assim na arte amontoar lixo num lugar chique ou expor o corpo para crianças se torna arte, simplesmente porque medíocres sem talento e de ter o que fazer, dizem que é.
De nenhuma das situações acima me parece ter valor para pessoas minimamente inteligentes, mas se assemelham pela mediocridade e rasura de pessoas vazias que não têm algo genuíno para apresentar.

Hoje também todos acham que sabem o que é certo e o que é errado, e ainda querem que todos rezem pelas suas cartilhas.

Talvez a alegoria da árvore do meio do Jardim do Éden faça sentido agora. Pois comemos do fruto do conhecimento do bem e do mal e estamos fazendo o mal e nos destruindo mutuamente. Talvez o que Deus não deixou bem claro é que na dita árvore, cada um teria a sua visão do que é certo e errado e mataríamos pelo “nosso certo” contra o “errado dos outros”.

Um comentário:

  1. "PENSO LOGO EXISTO"
    Em que estamos em um plano materialista onde desde o cirurgião até em plástica ao lixeiro que carrega lixos da cidade existe o mesmo valor comparado se não fosse os cirurgiões não haveriam curas de transplantes assim como o simples que opera para que não morramos asfixiados pelos lixos em resumo do célebre ao
    simples vivem a misericórdia de milagres e todos contribuem
    para um bem maior e melhor e assim vamos reconstruindo até a hora que as capacidades de tempo se esgotam e vão todos para o mesmo buraco do maior ao menor deixando apenas rastros de caminhos cruzados... apenas isso.

    ResponderExcluir

Postagem em destaque

Sobre amar e sobre amores...

Em duas célebres explicações de amor, de amizade, estas me encantam... Michel de Montaigne ao dar conta sobre sua amizade com Étienne de La ...