domingo, 30 de abril de 2017

Sobre o que é essencial...



        Ainda bem que o essencial ainda é invisível aos olhos, ainda bem que ainda só se vê bem e bem realmente com o coração...
        Aos sete anos mais ou menos li meu primeiro livro inteiro, graças a minha irmã, visionária e educadora mesmo antes de ser. Li “O Pequeno Príncipe”, depois disto muitas vezes e hoje assisti aos 49 anos, o filme...sete vezes sete anos depois.
        Ainda estou encantado com o que vi, sempre acalantei em meu coração estas verdades cativantes e essenciais, mas ao percebermos que ‘crescemos’ e que já somos adultos, tememos o perder do encanto...
        Me alegro ao estar, a esta altura da existência começando um curso de filosofia, onde o essencial é justamente o poder de se encantar ainda, o poder ser infantil o suficiente para não temer as perguntas. O ser criança o suficiente para imaginar as mais mirabolantes possibilidades, sem medos, sem censuras...
        A “essenciabilidade”, ou seja a possibilidade de entender que o essencial ainda está, na maior parte do tempo, oculto em meio as muitas coisas...
        Compreender que as ‘rosas’ de nossa infância vivem ainda nos recônditos de nosso coração e que é só ele que enxerga bem no final das contas é poder estar sempre pronto a ver muito mais do que a caixa do carneiro, sem temer a catástrofe dos Baobás...
        E então e só então todas as estrelas irão estar a sorrir, as gargalhadas gostosas de nossa infância...

Sobre 'aquela velha roupa colorida'...



         Quando a gente está na escola e começa a perceber o mundo, começamos a criar mitos e acreditamos em muitas coisas. Acreditamos que os mais ‘populares’, os ‘aparentemente’ mais bem sucedidos e de melhores condições, serão os que conquistarão o mundo.
         Por vezes, muitos de nós se adequam às sombras da mediocridade, outros são desafiados e estudam mais, trabalham mais e por consequência lutam muito mais.
         Todos nós em algum momento pensamos que o ‘playboy’ da turma seria o mais feliz, ou que a menina mais bonita e atraente seria a que teria um belo casamento e um amor de contos de fadas. Pensamos que os mais atraentes e ou mais inteligentes, com mais facilidades seriam os que viveriam a vida dos sonhos de todos nós...
         Mas daí a gente se depara com os ‘casaizinhos dos sonhos’ em plena decadência, tentando atrair de novo os olhares, agora nas redes sociais, desesperados pela mesma popularidade de outrora.
         Mas o ‘bonitão’ de antes hoje é um senhor de meia idade, que já não tem mais o carro esportivo ou moto dos sonhos de uma geração, até porque o carro e a moto, se existirem são ferro velho...
         A cobiçada menina é hoje uma senhora, mãe de filhos, talvez até netos, lutando de forma cirúrgica (literalmente) para manter a juventude e a forma de antes...
         Estou entrando na meia idade, mas tenho orgulho dos meus cabelos brancos e das marcas de minha vivência. Fico pasmo quando vejo amigos de juventude não compreendendo que o tempo passa e já passou. Que nossas alegrias e belezas são hoje outras e como disse o poeta “aquela velha roupa colorida já não serve mais”...

         Talvez você esteja querendo saber onde quero chegar com este texto, mas como na maioria das vezes, estou apenas fazendo uma reflexão.
         Que bom seria se a gente se aceitasse mais, não de forma desleixada, mas sabendo entender os quilos que chegaram, os cabelos que branquearam e as rugas que surgem. Compreender que algumas roupas já não cabem mais e nem combinam mais, mas que há uma infinidade de possibilidades de sermos felizes ao nos aceitarmos.
         Aceitar as escolhas que fizemos e que nos trouxeram até aqui, que algumas vezes fomos obrigados a mudar e não morremos por causa disto. Nossos valores mudaram, nossas prioridades também e se a gente for ver o que acreditávamos lá atrás se mostrou errado. Os populares se separaram, ficaram desempregados e sofreram tanto ou mais que o resto de nós, mas por não aceitar a decadência sofrem até hoje.
         Então aos de nossa geração e de todas as outras é necessário compreender que somos hoje o resultado de nossas escolhas, mas podemos ainda agora aprender e dar valor para as coisas que realmente tem valor.
         Com certeza a vida ficará bem melhor.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Sobre reformas e paralisações...



         Hoje todos estão falando das ‘reformas’ e das votações na calada da noite, mas todos nós sabemos que tem sido assim há muito tempo. A classe política, partidária, sempre agiu assim.
         Li comentários sobre ‘vamos ver quem votou’ e até está certo, mas o mais certo o mais importante é deixado de lado: saber em quem você e eu votamos. Quem a gente votou, como votou?
         Pensemos um pouco se quem a gente elegeu votou de acordo, então a gente votou de acordo. É assim que funciona: elegemos e ele ou ela nos representa, damos a eles uma ‘procuração’ para fazerem isto.
         Então acredito que esteja mais do que na hora de revermos algumas coisas sobre o assunto. Em quem temos votado e como estes estão nos representando?
         Outros pontos a serem considerados são que:
         Os sindicalistas estão loucos organizando uma greve amanhã, mas e o porquê?
         Por eles estarem como seu na reta, afinal todos impostos incomodam, mas o sindical não se pode mexer, pois daí a mamata acaba né? O que eu acho bom, afinal pouco fazem assim como a classe política.
         Claro que existem coisas prejudiciais para nós, mas que precisa ser revista a situação em todas as instâncias isto precisa. Continuar alimentando sindicatos e sindicalistas, criando novos ‘lulas’ e ‘vicentinhos’ oportunistas e ‘mamadores’?
         Continuarmos alimentando está máquina obesa mórbida que é os ‘representantes’ sejam sindicais, partidários ou o que forem? Temos direitos sim que são assegurados, mas queremos rever todas as coisas não é? Afinal dizer que é isto ou é aquilo é fácil, mas precisamos rever toda a nossa postura social e política. A culpa é de todos, do PT, PMDB, PP, PSB, PDT, PTB e todos os Ps, Redes e Solidariedades do Brasil, mas é também das CUTs e outros movimentos sindicalistas ‘acomunados’ com os patrões barganhando nas salas fechadas, sem trabalhar faz tempo.
         Mas é nossa também, que votamos ou que deixamos de votar, que nos omitimos e deixamos a vaca ir pro brejo. Que não reconhecemos que se votou na Dilma, votou no Temer também, pois era a chapa e aí ele era bom. Se está assim é porque foram postos lá com o voto de alguém. Então chega de ‘mimimi’, pois está na hora da gente retomar o Brasil e enxugar esta Nação Obesa Mórbida cheia de impostos, corrupção e corruptos em todas as esferas do poder e em todos os três poderes.
         Para mim basta!

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