Quando a gente está na escola e começa
a perceber o mundo, começamos a criar mitos e acreditamos em muitas coisas.
Acreditamos que os mais ‘populares’, os ‘aparentemente’ mais bem sucedidos e de
melhores condições, serão os que conquistarão o mundo.
Por vezes, muitos de nós se adequam às
sombras da mediocridade, outros são desafiados e estudam mais, trabalham mais e
por consequência lutam muito mais.
Todos nós em algum momento pensamos que
o ‘playboy’ da turma seria o mais feliz, ou que a menina mais bonita e atraente
seria a que teria um belo casamento e um amor de contos de fadas. Pensamos que
os mais atraentes e ou mais inteligentes, com mais facilidades seriam os que
viveriam a vida dos sonhos de todos nós...
Mas daí a gente se depara com os ‘casaizinhos
dos sonhos’ em plena decadência, tentando atrair de novo os olhares, agora nas
redes sociais, desesperados pela mesma popularidade de outrora.
Mas o ‘bonitão’ de antes hoje é um
senhor de meia idade, que já não tem mais o carro esportivo ou moto dos sonhos
de uma geração, até porque o carro e a moto, se existirem são ferro velho...
A cobiçada menina é hoje uma senhora,
mãe de filhos, talvez até netos, lutando de forma cirúrgica (literalmente) para
manter a juventude e a forma de antes...
Estou entrando na meia idade, mas tenho
orgulho dos meus cabelos brancos e das marcas de minha vivência. Fico pasmo
quando vejo amigos de juventude não compreendendo que o tempo passa e já
passou. Que nossas alegrias e belezas são hoje outras e como disse o poeta “aquela
velha roupa colorida já não serve mais”...
Talvez você esteja querendo saber onde
quero chegar com este texto, mas como na maioria das vezes, estou apenas
fazendo uma reflexão.
Que bom seria se a gente se aceitasse
mais, não de forma desleixada, mas sabendo entender os quilos que chegaram, os
cabelos que branquearam e as rugas que surgem. Compreender que algumas roupas
já não cabem mais e nem combinam mais, mas que há uma infinidade de
possibilidades de sermos felizes ao nos aceitarmos.
Aceitar as escolhas que fizemos e que
nos trouxeram até aqui, que algumas vezes fomos obrigados a mudar e não
morremos por causa disto. Nossos valores mudaram, nossas prioridades também e
se a gente for ver o que acreditávamos lá atrás se mostrou errado. Os populares
se separaram, ficaram desempregados e sofreram tanto ou mais que o resto de
nós, mas por não aceitar a decadência sofrem até hoje.
Então aos de nossa geração e de todas
as outras é necessário compreender que somos hoje o resultado de nossas escolhas,
mas podemos ainda agora aprender e dar valor para as coisas que realmente tem
valor.
Com certeza a vida ficará bem melhor.
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