Nestes tempos onde nada mais é guardado
para si, onde nossas memórias estão ocupando megabites de nossos aparelhos
celulares e notebooks ou se espalham na ‘nuvem’.
Onde as pálidas nuances dos devaneios
da memória real, aquela de nosso cérebro, através das sinapses de nossos
caminhos neurais, não mais são acionadas.
Onde todo tipo de informação precisa
ser compartilhada, mesmo que de forma imprecisa. Onde a urgência do
post é mais forte até do que o socorrer da vítima.
Nestes assustadores dias da indiferença
e do comodismo generalizados...
A gente se pergunta como reabitar o
mundo da imaginação, como reconstruir o planeta dos sonhos e refazer a
capacidade de simplesmente pensar. Como?
Nossos sonhos estão a distância de uma
batida do coração...
Nossos projetos estão a um impulso
elétrico de nosso cérebro...
Nossa realização está na pequena
distância do movimento se transformar em suor no nosso corpo...
Mas o reabitar do mundo imaginário se
encontra nas muitas páginas dos livros lidos, dos filmes vistos e das histórias
ouvidas. Se encontra no ‘cultivar’ dos pensamentos e sentimentos através da ‘cultura
da alma’, do cultivar da existência, mas que se poderia simplesmente chamar de cultura.
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