sexta-feira, 9 de junho de 2017

Destilando incertezas...



         De tudo que se pensa que sabe, das coisas que se desprendem de nós. Das ‘nossas’ realidades ‘inquestionáveis e de nossas certezas ‘absolutas’ o que fica mesmo é a incerteza...
         A incerteza de nunca se saber se estamos certos ou se já fizemos tudo o que podíamos, tudo que estava ao nosso alcance...
         A incerteza de não se saber o que vai dentro da cabeça das outras pessoas e o quanto somos limitados, e o tanto que precisamos dos outros e o não saber se eles apenas precisam de nós em alguns momentos...

         De tudo que destilo e flui de dentro de mim, quando em verso me transformo, com verso sobre um mundo diverso e me transpasso de questionamentos...
         Se a altura da grama diverge tanto dos mistérios eternos é apenas por não se saber com que olhar se enxerga...
         E se me refaço tanto, haverei eu de ser ainda eu mesmo? Ou aquele que pensava ser já não existe mais?
         A única certeza que me resta e saber que gosto de ter me tornado quem sou e que este que sou é apenas o resultado de tudo...e de cada coisa...que vivi. Que ainda possa me encantar com a vida, hoje e sempre...

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