E aí do nada,
alguém atropela propositadamente pedestres. Ou sobe num prédio e atira para
matar. Ou ainda explode algum lugar, onde existem crianças e pessoas
inocentes...
Não estou falando de vídeo games,
nem de algum filme, estou falando de atos de pessoas (não eram terroristas),
pessoas aparentemente comuns, trabalhadores, empresários, pagantes de impostos
e alguns até com uma família...
Pessoas comuns?
O que leva uma pessoa a subir numa
calçada ou entrar no meio de um grupo de ciclistas e atropelar pessoas
indiscriminadamente?
Talvez a gente não compreenda o que
leva um homem como este “Osborne” que atropelou muçulmanos que ajudavam um
senhor em frente de uma mesquita...
Mas
celebramos os santos ‘matamouros’ e as cruzadas, beatificando cavaleiros (não
cavalheiros) que saqueavam e matavam ‘mouros’ ou muçulmanos...
Nossos
olhos se compadecem com crimes que são longe de nós como este, mas ficam impassíveis
diante do tráfico destruindo e assolando. Ficamos calados diante da exclusão ainda
praticada contra homossexuais e a segregação racial, até mesmo dentro de
igrejas...
Aplaudimos
as guerras históricas e celebramos heróis assassinos, sem averiguar qual a sua
real grandeza...
Nestes
últimos dias, por aqui na região que moramos, aconteceram dois estupros. Um de
uma senhora que foi degolada ao fim, o outro de uma menina de 13 anos... Ambos
foram presos, assim como o que atropelou os muçulmanos...
O
que quero trazer com este texto é isto, porque num contexto nós nos
solidarizamos e noutros nem percebemos?
Porque
celebramos feitos de morte e destruição?
O
que destrói os limites das ditas pessoas comuns?
Será
que não é justamente este lixo todo que nos cerca? Será que não é justamente
esta porcaria toda que ouvimos, assistimos e acompanhamos na mídia, sem olhar a
fonte, sem analisar profundamente a realidade?
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