Há em
mim uma certa incoerência, uma certa discórdia interna, pois de algumas
coisas que acredito e até defendo, há dentro delas coisas incertas e
inconstantes.
Sou ‘evangélico’,
talvez não o melhor exemplo disto, mas sou. Acredito no sangue de Cristo, na
remissão dos pecados e na salvação. Mas acredito de uma forma um pouco
diferente:
Não acredito que Deus seja um chato com um
caderninho computando pecados, nem um julgador despótico. Acredito no Cristo
acolhedor e no Deus de amor, que é amor. Que veio para salvar e não para
julgar. Acredito no Jesus que não falou uma só palavra sobre homossexualismo ou
vestuário. Que quando questionado sobre a ‘lei do adultério, foi categórico:
Quem não tiver pecado que jogue a primeira pedra...
Não
vim neste mundo para ser julgado e muito menos para julgar. Não tenho o direito
de apontar falhas em ninguém, não fui chamado para ‘defender’ Deus, pois Ele é
Todo Poderoso e perfeito da maneira que acredito...
Não
defendo religiosos, até porque acho que estes são um grande problema, pois se
acham donos da verdade. Detentores de um mapa para o céu, mas que trazem o
inferno nos lábios e diabo na língua.
Sei
que talvez este texto me renda problemas, mas não mudo uma linha. A igreja de
hoje é fraca e cheia de gente que só quer ser ‘abençoada’, mas que amaldiçoa
seus semelhantes. Que ri dos diferentes e que se acham um tipo de ‘escolhidos’
sem nem mesmo atender ao chamado...
Quando
nós cristãos nos voltarmos para o amor, então sim teremos uma igreja de amor,
mas até lá não são gravatas que representam santidade, muito pelo contrário
hoje são símbolos de corrupção.
Não
acredito na igreja politiqueira e negociadora da bênção, pois esta não é a do
Cristo da cruz e do negue-se a si mesmo. Hoje tem mais gente se importando com
palmas do que com almas...
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