sábado, 17 de junho de 2017

Sobre a incoerência da religião...



            Há em mim uma certa incoerência, uma certa discórdia interna, pois de algumas coisas que acredito e até defendo, há dentro delas coisas incertas e inconstantes.
            Sou ‘evangélico’, talvez não o melhor exemplo disto, mas sou. Acredito no sangue de Cristo, na remissão dos pecados e na salvação. Mas acredito de uma forma um pouco diferente:
            Não acredito que Deus seja um chato com um caderninho computando pecados, nem um julgador despótico. Acredito no Cristo acolhedor e no Deus de amor, que é amor. Que veio para salvar e não para julgar. Acredito no Jesus que não falou uma só palavra sobre homossexualismo ou vestuário. Que quando questionado sobre a ‘lei do adultério, foi categórico: Quem não tiver pecado que jogue a primeira pedra...
            Não vim neste mundo para ser julgado e muito menos para julgar. Não tenho o direito de apontar falhas em ninguém, não fui chamado para ‘defender’ Deus, pois Ele é Todo Poderoso e perfeito da maneira que acredito...
            Não defendo religiosos, até porque acho que estes são um grande problema, pois se acham donos da verdade. Detentores de um mapa para o céu, mas que trazem o inferno nos lábios e diabo na língua.
            Sei que talvez este texto me renda problemas, mas não mudo uma linha. A igreja de hoje é fraca e cheia de gente que só quer ser ‘abençoada’, mas que amaldiçoa seus semelhantes. Que ri dos diferentes e que se acham um tipo de ‘escolhidos’ sem nem mesmo atender ao chamado...
            Quando nós cristãos nos voltarmos para o amor, então sim teremos uma igreja de amor, mas até lá não são gravatas que representam santidade, muito pelo contrário hoje são símbolos de corrupção.
            Não acredito na igreja politiqueira e negociadora da bênção, pois esta não é a do Cristo da cruz e do negue-se a si mesmo. Hoje tem mais gente se importando com palmas do que com almas...

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