segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Sobre chuva, escoamento e culpas...



            No meio da madrugada a gente acorda com aquele barulho de chuva, água escorrendo pelas paredes, alagando o quarto e aí passar o resto da noite secando o chão, erguendo os móveis...
            Pela manhã a cidade num caos total, muitas pessoas falando do mesmo problema. A chuva segue impiedosa e logo ruas e mais ruas, casas e mais casas debaixo d’água...
            As pessoas se expressam e logo surgem os ‘defensores’ do desgoverno. “Não é culpa de ninguém”, alguém diz e eu me pergunto neste momento:
            Então a culpa é de quem?
            Se eu cuidar em não jogar lixo na rua, ser consciente nos meus cuidados com as calhas da minha casa e em não deixar obstruir o fluxo da água, talvez não ocorra nada demais...
            Mas o problema é justamente este, se eu ‘administro’ uma casa, cidade ou o que for e sei que se não cuidar das coisas essenciais, obviamente vou me deparar com o caos...
            Se uma administração está já há tanto tempo e não consegue conduzir o básico é claro que há culpa.
            Há culpa, se não há planejamento, cuidado e atitudes para sanar os problemas.
            Há culpa, se uma faculdade queria ‘estudar’ o caso e propor soluções e não foi aceito só porque quem conseguiu foi um vereador de oposição.
            Há culpa quando não se drena os lugares críticos.
          Há culpa se não foi desenvolvido nenhum tipo de projeto de escoamento.
            Há culpa sim, em quem administra mal, em quem vota mal, em quem se permite jogar lixo nas vias e não tem consciência ecológica.


            E como dizem as escrituras, ‘aquele que sabe o bem que deve fazer e não faz nisto está pecando’...
            E é bem fácil defender o seu governante, talvez para defender a sua boquinha quando a sua casa não foi inundada...
            Tem gente que só se importa se foi com os seus...

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