quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Sobre Ventos oportunos...



            E de repente, estando tudo parado, quase em estado de estagnação, de paralisia, surge um vento. Começa uma brisa amena, por vezes, mas de uma hora para outra as velas de nosso barco são infladas. A este vento se dá o nome de ‘oportuno’.
         Vem de levar, conduzir ao porto, ser oPORTuno. Ao objetivo. Daí deriva oportunidade.
         Que é esta coisa única, uma possibilidade de se dirigir ao objetivo...

         Mas e daí Zé, o que isto importa para mim hoje?
         Importa justamente isto, e não só para ti, mas para mim. O perceber o quanto não vemos os ventos de mudanças. O tanto que deixamos passar momentos únicos em nossas vidas...
         Dizem que a oportunidade é uma mulher com uma rabo-de-cavalo na testa, embora ache grotesca e até machista esta figura, vale a alegoria, afinal não se pode segurá-la por trás. Ou se está preparado ou se perde.

         Entender que dia após dia temos diante de nós oportunidades únicas de fato é quase uma questão de sensibilidade. Perceber o mudar dos ventos, entender que umas portas se fecham, outras se abrem e é assim mesmo a vida.
         Não existe um ‘jogar de dados’ com o nosso destino. O que acontece é que não aprendemos a navegar direito, não gastamos o tempo necessário para aprender esta arte, e muito menos para perceber as mudanças no clima e das correntes de ventos...
         Não estamos preparados, afinal ‘navegar é preciso, viver não é preciso’, pois a arte da navegação, a ciência de navegar é de uma precisão espantosa, a vida porém não tanto...

         Se tivermos um bom Guia, uma bússola precisa e soubermos ler as cartas de navegação, tivermos planejado bem haveremos de chegar ao porto se os ventos nos forem favoráveis.
         E se não o forem, ainda assim nos restará remar...

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