sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Sobre ouvir a voz de Deus...



            Tem dias que parecemos com aqueles desenhos animados, onde um ‘anjo’ fala em um ouvido e um ‘diabo’ fala em outro. E somos solapados por vozes e ideias, por intuições e confusões, por pressentimentos e confusos na mente.

            Mesmo aqueles que buscam em Deus orientação para seguir seu caminho, nos deparamos por ‘ardis’ do mal que nos confundem. Num momento temos todas as certezas, no outro, mergulhamos num mar de dúvidas. Como resolver esta equação? Como saber se guiar neste mundo tão confuso, cheio de sofismas e eufemismos, cheio de falsidade e dissimulação.
            Por outro lado, como um cântico que ouvi outro dia, dizendo: “Quando espero a chuva, vens com vento, quando espero que abras o mar, vejo meus pés sobre as águas, quando espero o trovão, vens com silencio...”

            Sou bastante perspicaz e intuitivo, mas erro tão constantemente que me exaspero. Erro na avaliação de situações e pessoas, me engano tão constantemente quanto pode ser possível enganar-me. Ou não?
            Entender as vozes, entender as pessoas ou as situações é extremamente difícil. Pois dentro de nós, além de tudo isto estão nossos traumas e complexos, vozes do passado.
            Que possamos entender as oscilações do vento que tantos sons diferentes produzem. Que possamos em meio a tempestade, descobrir o silêncio. Em meio a luta mais garrida, ouvir a palavra de amparo. No meio da maior dúvida, possamos ouvir certezas. E no meio das palavras desesperadas de quem está ferido, possamos ouvir o pedido de socorro e atenção.
            E que no meio do maior silêncio, possamos ouvir a voz de Deus sussurrada em nossos corações.

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