Tem dias que parecemos com aqueles desenhos animados,
onde um ‘anjo’ fala em um ouvido e um ‘diabo’ fala em outro. E somos solapados
por vozes e ideias, por intuições e confusões, por pressentimentos e confusos
na mente.
Mesmo aqueles que buscam em Deus orientação para seguir
seu caminho, nos deparamos por ‘ardis’ do mal que nos confundem. Num momento
temos todas as certezas, no outro, mergulhamos num mar de dúvidas. Como
resolver esta equação? Como saber se guiar neste mundo tão confuso, cheio de
sofismas e eufemismos, cheio de falsidade e dissimulação.
Por outro lado, como um cântico que ouvi outro dia,
dizendo: “Quando espero a chuva, vens com vento, quando espero que abras o mar,
vejo meus pés sobre as águas, quando espero o trovão, vens com silencio...”
Sou bastante perspicaz e intuitivo, mas erro tão
constantemente que me exaspero. Erro na avaliação de situações e pessoas, me
engano tão constantemente quanto pode ser possível enganar-me. Ou não?
Entender as vozes, entender as pessoas ou as situações é extremamente
difícil. Pois dentro de nós, além de tudo isto estão nossos traumas e
complexos, vozes do passado.
Que possamos entender as oscilações do vento que tantos
sons diferentes produzem. Que possamos em meio a tempestade, descobrir o
silêncio. Em meio a luta mais garrida, ouvir a palavra de amparo. No meio da
maior dúvida, possamos ouvir certezas. E no meio das palavras desesperadas de quem
está ferido, possamos ouvir o pedido de socorro e atenção.
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