Nestes dias que me assaltam
pensamentos que me fazem considerar tantas coisas, percebo que posso tornar-me
enfadonho, mas deles preciso me livrar. Então os reparto, como partes de mim a
me doar.
Fico olhando nossa fortaleza, nossos
muros de contenção e proteção, esta armadura que tão cuidadosamente colocamos
em nós mesmos. São pensamentos e convicções, princípios e verdades que durante
a existência adquirimos.
E diante disto me pus a refletir,
sobre em como e quando podemos sucumbir, rachar e até mesmo naufragar. Sempre
que nos traímos, sempre que nos sabotamos, sempre que deixamos de lado alguma
convicção. Claro que não estou falando de intransigência ou da teimosia dos que
não mudam e não se abrem para o novo. Falo aqui daqueles conceitos e preceitos
que já havíamos confirmado serem salutares e indispensáveis.
As vezes cedemos um pouco aqui,
outro ali e assim vamos como que minando nossa estrutura. Fazer isto é fatal. Abdicar
de valores em prol de pessoas ou situações é alta traição ou ‘auto traição’ e
no meu ponto de vista a pior de todas elas.
Se analisarmos as ações do ‘inimigo
de nossas almas’, perceberemos que ele vai nos exaurindo as forças, destruindo
nossas defesas e minando a nossa resistência. Sempre que alguém cai ou erra,
sucumbe ou desfalece o que precisamos ver não é imediatamente as culpas, mas
sim o enfraquecimento.
Seria como uma recaída, onde o
dependente se percebe apenas no ato de seu declínio, mas uma recaída começa
muito antes, no baixar da guarda.
Precisamos todos, independentemente
da área de nossas fraquezas, pois todos as temos, aprender a ‘auto fidelidade’
a qualquer preço. O velho ditado de ‘quem gosta de mim sou eu’ é eficaz aqui.
Revisemos nossas armaduras,
fortaleçamos nossas defesas e solidifiquemos nossas convicções, pois vivemos
num tempo em que nada mais parece ser confiável, onde quase ninguém mais mantêm
suas convicções e cada dia é mais e mais necessário. Para que possamos fazer um
mundo melhor para nós e por fim para todos que também lutam e decidem lutar.
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