No
meu último texto percebi, através dos comentários que pareceu que quero
aplausos. Todo artista os quer, mas não era sobre isto que me referi. Estava
frustrado com a questão do livro, talvez acostumado com os números do blog, que
sempre crescem.
Na
verdade apesar das estatísticas serem muito claras no blog, o que ocorre é que
talvez eu tenha apenas umas centenas de leitores que me leem sempre. Assim
sendo criei uma expectativa quanto ao livro e quanto ao canal no yotube.
O
erro é definitivamente meu, primeiro porque sei que não se deve criar expectativas,
segundo porque o trabalho ainda pode melhorar e muito. Já comecei outro livro e
espero melhorar minha ‘performance’ no canal.
E
é disto que quero falar aqui: expectativas.
Não
existe decepção, sem expectativa. Não existe frustração, sem expectativa.
Não
quer dizer que não as podemos ter, mas sim que elas tem que ser na base do real
e não do surreal.
Alguém pode
nos ‘dar a entender’ que irá nos ligar, chamar para uma entrevista, emprestar
alguma coisa, ir a determinado lugar, nos escutar, nos entender ou até nos amar
para sempre.
Mas a
verdade é que muita gente diz que vai e não vai, parece estar escutando e não
está, nos acena com uma possibilidade apenas para não dizer um não. As pessoas
pensam cada vez mais em si mesmas, e não há nada de errado com isto, desde que elas
nunca precisem de outra pessoa.
Quem de
alguma forma precisa (e todos precisam) de alguém, deve lembrar disto e ser
mais solidário. Mas o egoísmo encontrou seu nível mais alto e ninguém mais se
importa, nós também, eu também muitas vezes estou tão absorto nos meus
problemas que não tenho nada para oferecer.
Somos, de
forma geral, tão mesquinhos que quando uma pessoa está falando muitas vezes só
estamos esperando a pausa para falarmos do nosso problema.
Por anos
tenho feito a escolha da renúncia, mas por vezes vejo que não é bem assim, pois
não há renúncia em meu favor. Sei que os ‘politicamente corretos’ vão dizer: Ah
Zé, faça o bem sem esperar nada. E isto é certo em relação ao desamparado, mas
não nas relações interpessoais. Queremos atenção, carinho e compreensão. No
fundo sempre precisamos, talvez quem mais dê é justamente quem mais precisa.
Então que a
gente se importe com os outros como a gente quer que se importem com a gente.
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