Algumas vezes a gente leva mais
tempo, outras menos, mas depois de algum tempo se percebe o que é importante,
quem é importante e o quanto somos ou não importantes.
Ser importante é ser levado em
conta, ser priorizado, ser considerado e principalmente levado a sério. E só
sabemos se o somos se o que é importante para nós é importante para quem diz
importar-se. Hoje em dia vivemos um tempo em que as pessoas querem, querem e
querem e não percebem o que dão ou o que deixam de dar.
Vivemos um tempo em que só somos
importantes na base do que podemos oferecer ou não. Somos cobrados o tempo
todo, mas não podemos cobrar nada.
Se ajudamos temos que ajudar sempre e
se não o fazemos logo nos tornamos ruins. Temos de ouvir de tudo e não falar
nada e se falamos logo somos tidos como grosseiros e desagradáveis.
E isto acontece por estarmos gerando
cada vez mais gente egoísta, gente que só quer saber de ter seus desejos atendidos.
Pessoas cada vez mais indiferentes que não aceitam indiferença. Pessoas
egoístas que reclamam do egoísmo dos outros.
Que bom seria se as pessoas fizessem
as pazes com os espelhos, não os espelhos da vaidade, mas os que refletem a
alma, o ego e as atitudes.
Tenho por vezes me sentido como um
que não serve mais para o convívio das gentes, minha sinceridade incomoda,
minha objetividade é tida como implicância e meu jeito é visto como exigência.
Mas antes exijo de mim, dou atenção, me envolvo e me importo, falo e me
expresso. Até perceber que o que ofereço não é aceito. Quando o meu ser não é
aceito por completo, então percebo que chega a hora do silêncio e mas nada pode
ou deve ser dito.
Não há nada pior para quem se
expressa, e eu tento de todas as formas me comunicar, o não ser compreendido.
Nestas horas a sensação é de fracasso ou de que devo apenas escrever e quem
quiser ler, lerá e quem quiser me ouvir me ouvirá e quem não, bom daí é apenas
você fechar a página.
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